Falar de dinheiro e de estratégias para que ele possa ser rentabilizado não deve ser um tabu, especialmente no seio do agregado familiar.
Uma grande parte da nossa vida gira em torno do dinheiro, seja através do trabalho, seja através da poupança ou seja através do investimento. O objetivo, em qualquer um destes casos, é não só darmo-nos um futuro, como, sobretudo, dar um futuro mais confortável aos nosso filhos.
Falamos de forma genérica de fontes de rendimento, de poupança e de investimento, mas para perceber como preparar o futuro financeiro da sua família e oferecer-lhe ferramentas que permitam ultrapassar tempos de crise sem problemas de maior será necessário, como veremos já de seguida, um trabalho intenso de literacia financeira e um forte planeamento.
Como fazer um planeamento familiar financeiro?
Um bom planeamento familiar financeiro deve, antes de mais, preocupar-se em controlar as despesas e definir prioridades quanto ao consumo enquanto, simultaneamente, procura dotar os membros do agregado de conceitos de educação financeira que lhes permitam solidificar boas práticas de poupança e gestão de orçamentos.
Por falarmos em orçamentos familiares, esta é uma excelente ferramenta financeira, já que lhe permite não só quantificar rendimentos e despesas, como ter uma ideia mais clara de onde estão os gastos supérfluos, o que fazer para os eliminar e como aproveitar o excedente financeiro que daí possa advir.
Assim, o primeiro passo a dar na preparação do futuro financeiro da sua família é orçamentar, mas como?
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Criar um Orçamento familiar
Antes de partir para a contabilidade de rendimentos e despesas, é importante perceber quais são as necessidades atuais da sua família de modo a poder atuar de forma mais assertiva sobre o orçamento.
Após a definição destas necessidades, é tempo de criar um documento Excel ou aproveitar uma das muitas apps de gestão financeira que pode instalar no seu smartphone para listar a coluna dos rendimentos e a coluna das despesas que, por sua vez, deve estar subdividida por categorias de consumo de modo a ser mais fácil ter uma leitura detalhada dos seus gastos.
Feitas as contas, é altura de deixar definido no orçamento estratégias de poupança a curto-médio prazo que podem passar, por exemplo, pela renegociação dos contratos de telecomunicações e energia, pela redução do número de refeições mensais a realizar fora de casa ou pela constituição de um fundo de poupança que obrigue cada um dos elementos do agregado a deixar de lado, semanal ou mensalmente, uma determinada quantia.
Outra das áreas em que pode e deve mexer são os créditos que a o seu agregado familiar tem a seu cargo, já que estes são uma das suas maiores fontes de despesa.
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Renegociar créditos
Neste caso, recomendamos que se livre de pequenas dívidas decorrentes de gastos com cartões de crédito e, no caso de a sua família ter mais de um crédito ao consumo, comece a pensar na consolidação de créditos, solução financeira que lhe vai permitir juntar todos os empréstimos num só e ficar a pagar apenas uma prestação mensal (mais baixa dos que a média das anteriores), usufruir de um prazo de reembolso mais alargado, obter uma taxa de juro mais baixa e ainda pedir um financiamento extra.
No caso do crédito habitação, o encargo financeiro que mais pesa na bolsa das famílias portuguesas, avalie o impacto da subida ou descida dos juros e pondere transferir o seu crédito para outro banco ou renegociar as condições, especialmente aquelas relacionadas com seguros e respetivas coberturas.
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Seguros e Coberturas
Reveja os seguros que o seu agregado familiar tem contratadas e elimine coberturas duplicadas.
Caso não tenha um seguro de Vida, poderá ser útil que contrate um de modo a proteger a sua família de problemas financeiros na eventualidade de acontecer algum imprevisto mais doloroso.
Afinados os mecanismos de poupança, é tempo de incluir uma adenda relacionada com a criação de um fundo de emergência e, se assim o entender, um plano de investimentos.
Comecemos pelo fundo de emergência.
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Fundo de emergência
Os imprevistos acontecem e podem, em determinados casos, delapidarem a sua carteira. Porque, como diz o adágio popular, “mais vale prevenir do que remediar”, aconselhamos a que crie um fundo de emergência com, pelo menos, seis salários mínimos, de modo a salvaguardar o bem-estar da família em tempos de crise.
Caso não consiga espremer mais as suas finanças familiares para rechear este fundo, pondere pedir um crédito pessoal para o efeito, mas atenção, é importante que analise bem o mercado e contrate uma solução que lhe ofereça taxas de juro baixas ou, em alternativa, procure os nossos serviços de intermediação de crédito para o ajudar a encontrar o crédito que melhor sirva as suas necessidades.
Além de poder ser utilizado em situações de emergência, o fundo pode servir, igualmente, como alavanca de investimento, senão vejamos.
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O investimento para o futuro
Gostaria de se estabelecer por contra própria, enviar os seus filhos para a universidade ou garantir um bom pé-de-meia para a reforma?
Com base nos objetivos futuros estabelecidos, procure produtos de investimento que lhe permitam a si e à sua família concretizá-los com a menor margem de risco possível.
Entre estes, os mais procurados são os PPR (Planos Poupança Reforma), os PPR/E (Planos Poupança reforma/Educação), os Certificados de Aforro e os Certificados de Tesouro pela sua rendabilidade garantida e baixo risco que apresentam.